Matrícula em cursos on-line cresce 21,7% em 2019, segundo MEC

REDAÇÃOAGRO • 26 de outubro de 2020

Fonte da Notícia: REDAÇÃOAGRO

Data da Publicação original: 23/10/2020

Publicado Originalmente em: https://www.redacaoagro.com.br/agricultura/matricula-em-cursos-on-line-cresce-217-em-2019-segundo-mec/

O número de alunos matriculados em cursos de ensino superior on-line cresceu 21,7% atingindo quase 2,3 milhões no ano passado, quando comparado a 2018. Neste mesmo período, o volume de matriculados em cursos presenciais caiu 5,7% para 4,2 milhões, de acordo com dados do censo do ensino superior divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Educação (MEC). O setor privado representa 75,8% do mercado de ensino superior.

No ano passado, foram registrados 3 milhões de ingressantes no setor privado, sendo que 50,7% se matricularam em cursos a distância e 49,3% no presencial. Na rede pública, foram 560 mil calouros, sendo 94,2% deles inscritos em cursos presencias.

Os dados do censo do MEC mostram ainda quais são as maiores instituições de ensino a distância: Unopar/Kroton (com 363,5 mil alunos), Uniasselvi (281,7 mil), Unip (234 mil), Uninter (180,7 mil), Unicesumar (142,9 mil), Anhanguera-Kroton (141,5 mil), Estácio-Yduqs (134,5 mil), Fael (51,5 mil), Cruzeiro do Sul (51,2 mil) e Estácio Ribeirão Preto-Yduqs (48,8 mil).

Desde 2016, o segmento de cursos presenciais vem perdendo matriculados. Em paralelo, as instituições de ensino vêm aumentando a oferta de cursos a distância. Considerando as escolas privadas e públicas, havia em 2019, um total de 4,5 mil cursos on-line, um aumento de 42,6% quando comparado ao ano imediatamente anterior. Entre 2017 e 2018, o setor já havia registrado um aumento de 50,7% na oferta de cursos on-line.

Do total de 2,4 milhões de alunos matriculados em cursos a distância, apenas 157 mil são de universidades públicas.

O mercado de ensino superior — incluindo presencial e a distância — encerrou o ano passado com 8,6 milhões de alunos. Deste total, 6,5 milhões no setor privado.

Ainda segundo o censo do MEC, 45,6% dos alunos possuíam algum tipo de financiamento ou bolsa de estudos. No ano passado, 571,8 mil alunos tinham Fies, 615,6 mil ProUni e 1,8 milhão financiamento ou bolsa concedidos pelas próprias faculdades.

Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, ponderou que, apesar do ponto positivo de crescimento do EAD, as taxas de escolarização líquida e bruta permanecem estagnadas há anos. “O EAD tem inserido na educação superior a população mais velha, acima de 30 anos, que não teve acesso logo ao concluir o ensino médio, mas não tem resolvido o acesso do jovem ao ensino superior”, disse Capelato.
Ele defendeu o aumento da oferta de financiamento estudantil e vagas em universidades públicas.
“Essas políticas de acesso também refletem na permanência do aluno. Por exemplo, o percentual de alunos que concluem a graduação com Fies é de 61%, com Prouni, 59%, sem Fies ou Prouni apenas 36%. Ou seja, a taxa de conclusão do curso com algum tipo de financiamento fica acima até do que o percentual na rede pública, que é de 48%”, complementou Capelato.
No Brasil, 21,3% da população com idade entre 25 e 34 anos têm ensino superior — é a menor taxa entre os países da OCDE.


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