3 desafios do ensino remoto e híbrido e como superá-los

REVISTA ENSINO SUPERIOR • 14 de setembro de 2021

Fonte da Notícia: REVISTA ENSINO SUPERIOR
Data da Publicação original: 14/09/2021
Publicado Originalmente em: https://revistaensinosuperior.com.br/3-desafios-ensino-remoto-hibrido/

“Os desafios do ensino remoto e híbrido afetam instituições, educadores, alunos e familiares. O ensino totalmente remoto já não é uma tarefa fácil, mas unir as modalidades presencial e online pode ser um desafio ainda maior. No entanto, com a colaboração de todos para encontrar alternativas, é possível superar alguns dos obstáculos e até criar novas práticas que poderão ser levadas adiante”, diz Cesar Barreto, Executivo de Contas LATAM na Turnitin, empresa global de tecnologia educacional

A tecnologia educacional que apoia o processo de avaliação e o pensamento original do estudante, por exemplo, é uma ajuda bem-vinda não apenas neste período, mas também no ensino 100% presencial.

1. Concentração

Para o professor pode ser difícil manter a atenção dos alunos durante a aula remota e esse tem sido um dos principais desafios para muitos deles. No ambiente familiar as distrações podem estar presentes o tempo inteiro, nem todos os alunos, e até mesmo professores, têm um espaço tranquilo e silencioso para estudar, além da ansiedade gerada pelo fato de estar em casa o tempo todo. Por outro lado, ter parte da turma assistindo a aula remotamente e parte presencialmente, como é o caso do ensino híbrido, também traz desafios específicos. Manter a motivação tanto de quem está na sala de aula quanto de quem está em casa é uma das tarefas mais difíceis tanto para estudantes quanto para educadores.

“O professor pode propor pequenos intervalos de 10 ou 15 minutos para a turma em momentos estratégicos para descontrair, além de incentivar a participação dos alunos com jogos, perguntas e provocações. Além disso, no caso do ensino híbrido, é preciso tomar cuidado para não deixar de lado os alunos que estão acompanhando a aula remotamente em prol dos que estão presencialmente”, afirma Barreto

2. Avaliações e acompanhamento

Outro desafio bastante comum no ambiente remoto é a avaliação dos alunos, uma etapa fundamental do processo de aprendizagem, além de garantir a integridade dos trabalhos entregues. E não se trata apenas de uma nota, mas é a maneira do educador saber se o aluno está ou não absorvendo os conceitos durante as aulas.

Fora do ambiente presencial as avaliações tornaram-se um desafio e instituições e docentes precisaram encontrar novas maneiras tanto de aplicar provas e outros tipos de avaliações, quanto de verificar se o método estava realmente funcionando para o desenvolvimento do aluno.

De acordo com Barreto, no caso de provas, vale limitar o tempo que os estudantes têm para fazer o teste com uma plataforma de avaliação. “O tempo deve ser confortável para os alunos que conhecem o material, mas não tão generoso para permitir que eles usem dispositivos eletrônicos para encontrar respostas”.

Além disso, projetar provas com questões abertas também ajuda no processo de aprendizagem. “É uma maneira de avaliar a capacidade dos estudantes de utilizar criticamente as informações de materiais específicos de referência. Ferramentas de bloqueio do navegador, que inibem a navegação para outros sites durante uma sessão de testes, podem impedir os estudantes de acessar recursos não autorizados”, afirma ele.

3. Conexão e acesso

No Brasil, qualidade de conexão à internet e computadores ou laptops ainda não são realidade para todos, muitos alunos vêm acompanhando as aulas pelo celular, por exemplo, o que certamente apresenta um desafio para a educação remota. Os problemas de acesso e conexão podem ser difíceis de serem resolvidos, mas muitas vezes as instituições e os docentes podem nem saber de tal problema. “Conversar com os estudantes e entender qual a maior dificuldade no momento e apresentar alternativas como entregar atividades impressas a alguns alunos, se houver essa possibilidade, além do uso de aplicativos de mensagem para enviar áudios e vídeos, são soluções a considerar”, diz Cesar Barreto.

Reconhecimento para educadores

Pensando principalmente nos desafios enfrentados pelos educadores, a Turnitin vai premiar educadores e instituições das Américas através do Americas Higher Education Awards. Em busca de práticas inovadoras, o objetivo do prêmio é identificar usos inteligentes das tecnologias Turnitin para solucionar os desafios educacionais e compartilhar as grandes ideias e práticas entre a comunidade acadêmica. Seis vencedores receberão US$2.000,00 (R$10.000,00) cada um para doar à instituição de caridade ou para uma bolsa de estudos de sua escolha.

Rodrigo Capelato, Diretor Executivo do Semesp, ressalta que a transição das aulas para o ensino remoto fez as instituições de ensino superior olharem para a frente e avaliarem como as novas tecnologias educacionais podem ser utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem. “Ampliar as abordagens pedagógicas para aprimorar esse processo deve ser a principal preocupação das IES agora. O melhor caminho para garantir a integridade acadêmica é focar no essencial, no aluno e nos docentes, os verdadeiros protagonistas desse processo”, explica.

“A partir disso, uma premiação como o reconhecimento proposto pela Turnitin pode desencadear um processo positivo para incentivar as instituições de ensino superior a identificar usos inteligentes e inovadores das tecnologias educacionais para acelerar esse protagonismo”, conclui.

O Turnitin Americas Higher Education Awards: Inovação em Avaliação e Integridade está com inscrições abertas até 10 de outubro de 2021 e os projetos podem ser indicados neste link.


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