Ser Educacional lança banco universitário para o próprio ecossistema

REVISTA ENSINO SUPERIOR • 27 de abril de 2022

Fonte da Notícia: REVISTA ENSINO SUPERIOR
Data da Publicação original: 26/04/2022
Publicado Originalmente em: https://revistaensinosuperior.com.br/ser-educacional-lanca-banco-universitario-para-o-proprio-ecossistema/

Com cerca de 330 mil alunos e 11 mil colaboradores, a Ser Educacional, hoje um dos gigantes do mercado de educação superior, resolveu abrir um banco digital. A nova fintech já tem nome: b.Uni, que iniciou as atividades no mês de março, com 10 mil contas e apenas 8 funcionários, mas contando neste momento com uma “barriga de aluguel”, empresa terceirizada com autorização do Banco Central para iniciar a operação, enquanto espera a chancela oficial.

João Albérico Porto Aguiar, há quase 7 anos na controladoria, é o CEO da nova instituição financeira. Deixa claro que inicialmente o público-alvo são os alunos, colaboradores e amigos.

“Um banco digital como o que estamos criando oferece 80% das atividades de uma instituição tradicional. Começamos com nossa folha de pagamento e vamos passar fase a fase, como mensalidade, seguros, créditos, alguns empréstimos pessoais, empréstimo consignado, crédito estudantil, produtos de aplicação financeira voltados para esse público que ainda não está acostumado a fazer aplicações mais estruturadas.

Então, produtos que estejam mais prontos para que esse público possa de fato começar a testar, a ter o gosto de estar no mercado financeiro, promovendo ganhos ou minimamente ajudando a sua jornada profissional, pessoal, acadêmica.”

Análise de mercado e estratégias

João Aguiar conta que passou mais ou menos 1 ano pesquisando para entender como podia se posicionar em relação aos players de mercado. “Na educação não tinha ninguém. A gente começou a entender como seria montar um negócio que aderisse ao nosso ecossistema e agisse em prol desse ecossistema, não necessariamente fora dele”, conta.

“Então chegamos à conclusão de que precisaria abrir uma SCD, que é uma Sociedade de Crédito Direto ou o que eles chamam de uma instituição de pagamento não regulada. Isso daria a possibilidade de oferecer conta digital, produtos de crédito.”

B.Uni aposta em abordagem interna, não utiliza outdoors, rádio ou televisão. Objetivo é viver dentro do próprio ecossistema e não fora

Foi contratado Marcos Teixeira como diretor de operações, que atuou em outras instituições e com experiência em montar produtos digitais e que ficará subordinado à área comercial. Segundo o CEO, que atua com mais dois diretores, Nathalie Cortes (jurídico) e José Alberto Silva (tecnologia), a abordagem deve ser discreta, “para atuar em benefício da jornada acadêmica desse aluno e colaboradores, sem a utilização de outdoor, rádio ou televisão. Viveremos dentro do nosso ecossistema”.

Tecnologia

A ideia do banco surgiu há cerca de 2 anos, quando o fundador do grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, circulou a ideia na diretoria. João Aguiar diz que a nova empresa traz benefício, por exemplo, na medida em que a emissão de boletos para alunos, ou pagamento por pix, transferência, débito automático não contarão com as tarifas bancárias, o que por si só já é um valor considerável.

“A gente pesquisou, leu bastante, esse é um movimento natural do mercado financeiro brasileiro que vem acontecendo há alguns anos. O Banco Central está desconcentrando o mercado financeiro e trazendo a possibilidade de novos atuantes.” O investimento inicial para a criação do banco é de 5 milhões de reais, sem contar o capital inicial, mas com o aumento da clientela esse valor deve subir.

Segundo o CEO, isso é destinado à tecnologia e à largada, ou seja, toda a consultoria para poder fazer a integração, para ajudar nessa construção. “Em abril a expectativa é pagar todos os colaboradores pelo B.Uni e, a partir de maio, incluiríamos os alunos. Já operamos com pix, boletos, vamos ampliando as atividades dia a dia”, diz João Aguiar.


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