No CBESP, presidente da ABRAFI coordena painel sobre políticas públicas em transformação

ABRAFI • 30 de maio de 2025

Fonte da Notícia: ABRAFI
Data da Publicação original: 30/05/2025
Publicado Originalmente em: https://www.abrafi.org.br/

O segundo dia do XVII Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP), realizado em Touros (RN), foi marcado por discussões estratégicas sobre o futuro da educação superior no Brasil. Com forte presença institucional, a Associação Brasileira das Faculdades (ABRAFI) protagonizou momentos centrais da programação, reforçando seu compromisso com a defesa e o fortalecimento das instituições privadas de educação superior, especialmente aquelas de pequeno e médio portes.

O painel Políticas Públicas em Transformação foi um dos pontos altos do dia e contou com a coordenação do presidente da ABRAFI, Paulo Chanan. Em sua fala de abertura, ele destacou a importância do debate no momento em que as políticas públicas para a educação superior passam por uma mudança estrutural. “Mas, mais do que isso, como dizíamos há pouco para a professora Marta, precisamos avançar para além de esmiuçar regra, explicar o artigo. É preciso falarmos um pouco mais sobre os próximos passos e como as coisas vão se desenvolver a partir disso”, pontuou.

Responsável pela coordenação do processo de desenvolvimento do novo marco regulatório da educação a distância, a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (Seres/MEC), Marta Abramo, ressaltou que o órgão reconhece a EAD como uma ferramenta potente e estratégica de ampliação e acesso à educação superior em um país como o Brasil. “Exatamente por isso revisitamos as regras. No CBESP de 10 anos atrás, esse não era um tema, mas hoje a gente não consegue mais falar de educação a distância como uma questão paralela à educação superior. Ela está no centro do sistema, ocupando uma posição de relevância”, argumentou.

Além de abordar pontos estratégicos da nova política para a educação a distância, a secretária destacou o processo de construção do novo marco regulatório, que envolveu a análise de modelos internacionais e a realização de uma consulta direta a estudantes da modalidade. Ela também ressaltou os princípios que fundamentam o novo decreto. “A gente acredita que, se tiver qualidade, a educação a distância pode ofertar ao estudante uma experiência equivalente aos demais formatos, desde que haja o efetivo compromisso de todos com o processo de ensino e aprendizagem”.

Na sequência, o diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Antonio Gomes de Souza Filho, apresentou os principais pontos e como se deu a construção do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2025 a 2029, recém aprovado pelo Conselho Superior da instituição. O diretor também apresentou a evolução do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) e garantiu que a expansão verificada nos últimos anos “foi feita com qualidade”.

O painel foi encerrado com a apresentação do diretor de Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Ulysses Teixeira. Após brincar com a plateia que precisaria dos três dias de evento para falar sobre todas as políticas educacionais em fase de reformulação, ele foi objetivo e conseguiu cumprir a missão no tempo estipulado. De fato, a pauta era extensa. De forma sucinta, o diretor do Inep conseguiu apresentar aos participantes do CBESP os principais pontos do Enade para as Licenciaturas, da Prova Nacional Docente (PND) e do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), além de abordar os impactos da PND e do Enamed no Enade. Por fim, ele apresentou como ocorrerão as avaliações in loco no novo ciclo avaliativo do Sinaes.

Internacionalização

Outra atividade do segundo dia do CBESP que contou com a participação de representantes da ABRAFI foi o painel que apresentou casos de sucesso de internacionalização da educação superior brasileira. O vice-presidente da Associação e reitor do Centro Universitário Christus (Unichristus), José Rocha, falou das experiências experimentadas nos últimos anos pelos estudantes da instituição, que possui parcerias com universidades de diversos países, como Portugal, Espanha, França, Alemanha, Guiné-Bissau, Senegal e Estados Unidos.

Antes de entrar na apresentação dos programas em si, José Rocha deu um recado enfático: “A internacionalização não pode ser pensada apenas como um momento de conhecer novas culturas, conhecer outros países. Isso é válido, mas tem coisas mais importantes. A instituição precisa pensar no perfil do egresso de cada curso e saber como a internacionalização vai agregar valor para aquela formação”.

Também participaram do painel a pesquisadora da Universidade da Amazônia (Unama), Francislene Hasmann; a reitora do Centro Universitário Uniceplac, Kelly Pereira; e o reitor do Centro Universitário IESB, Luiz Cláudio Costa.

Amanhã (30), no terceiro e último dia do Congresso, a Associação seguirá se fazendo representada. Nosso diretor jurídico, Daniel Cavalcante, será o responsável por sintetizar as apresentações do painel dedicado à elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) 2025-2034. A mesa será coordenada pelo secretário executivo do Brasil Educação, Janguiê Diniz, e contará com a participação dos seguintes conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE): Cleunice Rehem, Elizabeth Guedes, Henrique Sartori, Luciane Ceretta, Mauro Luiz Rabelo e Paulo Fossatti.

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