Setor privado defende regulação própria para universidades

VALOR • 02 de outubro de 2019

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As universidade privadas defendem a criação de uma agência independente, parecida com o Conar (do setor publicitário), para regular a oferta e avaliação de cursos.

“É uma agência reguladora cujas regras sejam feitas pelo próprio setor. Não há como fazer uma agência que construa toda peça de avaliação e regulação ‘de fora’”, disse Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, sindicato das instituições do ensino superior privado.

A afirmação foi uma reação ao discurso do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que afirmou mais cedo, durante mesmo evento em São Paulo, que as universidades privadas devem se autorregular.

Segundo Capelato, houve uma reunião preliminar com Weintraub no primeiro semestre para abordar o tema, mas ainda não há uma proposta formalizada. Uma das premissas é que existam diversas agências para dar conta da complexidade do setor, segundo Capelato. “A nossa proposta é de descentralização da avaliação”, disse, em referência ao Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado hoje pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia ligada ao MEC.

Embora os dois discursos tenham elementos em comum, o discurso de Weintraub foi recebido com ressalvas por uma plateia formada por representantes dos segmentos públicos e privado.

O ministro indicou que não haverá uma ampliação do Fies, financiamento estudantil do governo que vem encolhendo desde a gestão de Michel Temer. “Foi um crime o que aconteceu com o Fies do ponto de vista financeiro, metade dos jovens estão inadimplentes. Isso é uma bomba que vai ter de ser desatada”, disse.

Notícia publicada no site VALOR, em 26/09/2019, no endereço eletrônico: shorturl.at/acht1


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