Programa para graduação de estrangeiros no Brasil inclui novos países

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO • 04 de setembro de 2020

Fonte da Notícia: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Data da Publicação original: 04/09/2020

Publicado Originalmente em: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/programa-para-graduacao-de-estrangeiros-no-brasil-inclui-novos-paises

Íntegra da notícia abaixo:

PEC-G

O Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), voltado para a formação e a qualificação de estudantes estrangeiros de países em desenvolvimento no Brasil, completa 55 anos em 2020. O Ministério da Educação (MEC) lançou, em agosto, o edital de abertura das inscrições para o ano letivo de 2021. As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de setembro e, desta vez, há uma novidade: foi identificado um esforço para ampliar a participação dos países integrantes do Programa. Além dos países em desenvolvimento, passaram a ser incluídos aqueles com os quais o Brasil mantém acordos de cooperação educacional, cultural e científico-tecnológico, como Etiópia, Zâmbia, Coreia do Sul, Bulgária, Hungria e Polônia, informou a chefe da Divisão de Temas Educacionais e Língua Portuguesa do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Beatriz Augusta Goes. Para o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, “o PEC-G consiste num importante programa que promove a integração social, cultural, acadêmica e científica entre estudantes de diversos países, o que é indispensável num mundo globalizado, além de possibilitar a troca de experiência entre instituições de ensino superior para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão.”

O Ministério das Relações Exteriores coordena o programa PEC-G em parceria com o Ministério da Educação e as universidades brasileiras federais, estaduais e municipais. Além de outras atribuições, o MRE recebe as inscrições dos candidatos no exterior e é responsável pela expansão da rede de países participantes.

Beatriz Augusta Goes falou também sobre o significado, em termos de diplomacia, da oportunidade de jovens estrangeiros se graduarem no Brasil. Para ela, o Programa já é tradicional, pois completa 55 anos em 2020. “Trata-se, portanto, de um programa que forma centenas de influentes personalidades. Nossos ex-alunos ocupam ou ocuparam postos com capacidade decisória, seja no setor público ou privado” ao retornar para seus países de origem disse Beatriz. Ela frisa que o programa promove aos indivíduos o chamado “soft power” – uma espécie de habilidade para influenciar indiretamente o comportamento ou os interesses por meios culturais ou ideológicos – para acesso a bens e serviços e a mercados internacionais. Essa política promove também os interesses político-diplomáticos nacionais. A internacionalização das universidades brasileiras também é outro aspecto positivo apontado por Beatriz.

Alpha Oumarou Diallo tem 29 anos, é do Senegal e faz o curso de Direito na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande. Escolheu o Brasil para fazer o seu curso porque é apaixonado pela língua portuguesa e pelo país. “Optei pelo curso de Direito por achar que o mundo precisa de mais justiça e de maior igualdade”, observou. Alpha destacou como pontos positivos do programa a aquisição de uma nova língua, ter uma formação de qualidade e ensinar a própria cultura para os brasileiros.

Também da UFMS, Alessandro Pina da Silva, de 19 anos, preferiu a área de saúde. Há um ano e sete meses faz o curso de Odontologia. O rapaz, do Cabo Verde, disse que o Brasil é mais acessível e que o nível de vida é bom. Disse ainda que, no Brasil, as faculdades da área de saúde, notadamente as de odontologia, são reconhecidas em nível mundial. Alessandro conta que sempre se sentiu atraído pela área de saúde por vários motivos: por influência familiar, pelo mercado de trabalho e pelo retorno financeiro. O jovem tem, como perspectivas, uma melhor aprendizagem, conhecer boa parte do Brasil e voltar para cá, depois de formado, para uma estadia. O que atraiu Alessandro no PEC-G é poder fazer um curso fora de seu país, além de conhecer várias culturas e realidades diferentes.


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